A Catrupia em 2007

   Apesar do sucesso de 2006, nos demos conta de que o nome "Ai Ai Ai Titia", não era bom. Era muito grande, de difícil memorização, e que poderia ser melhorado. No fundo mesmo, adotamos um nome relacionado a uma festa carnavalesca. De fato precisávamos melhorar e criar um vínculo maior com o São joão. 

   Dessa vez fomos buscar algo rústico, nordestino, com a cara do São João e das tradições do Nordeste. E então encontramos o nome CATRUPIA, que nada mais é do que um vocábulo rústico e antigo que pode ser interpretado como bando ou grupo de pessoas - tudo haver com o que queríamos expressar.

   Junto com o nome definitivo, criamos também uma marca, onde o bode - um dos maiores ícones da cultura do nordestina, é o símbolo principal.

   E assim, em 2007, consolidamos a Catrupia, que passou a ser símbolo tanto de uma valorização cultural, bem como da harmonia desse grupo de amigos, que apesar de separados geograficamente por conta de estudos e trabalho, celebram a amizade em sua plenitude sempre que podem estar juntos. 

   Neste ano criamos o nosso carro de apoio, que levaria nossas espadas e os licores. Começamos também a  organizar nossa feijoada. Sempre antes de saírmos de porta em porta no dia 24 de Junho, nos concentramos em alguma casa para forrar o estômago com uma bela feijoada e assim, aguentar com mais diposição a longa pelegrinação até a praça municipal. A feijoada geralmente ocorre em torno de 10h - 11h da manhã.

    Sempre valorizando as tradições de um São João peculiar, iniciamos a nossa jornada de casa em casa mais uma vez. No caminho, invadimos casas grandes e  pequenas, sempre batendo palmas nas portas com o bordão: "São João passou por aí?". E todas elas nos recebem de braços abertos, sempre com uma mesa de comidas e bebidas típicas à nossa disposição. A nossa contra-partida é a alegria, o forró e as espadas, que deixamos como rastro em todas as casas visitadas.

   Existe uma corrente contra a tradição das espadas. O que se fala é que elas, apesar de serem uma tradição muito forte da cidade, são muito perigosas e podem levar à morte. De fato tudo isso é verdade. No entanto as pessoas esquecem de comentar que se devidamente protegidas, o risco de algum acidente é drásticamente reduzido como em um esporte radical, no qual o esportista deve seguir todo um protocolo e uso de equipamentos de segurança para garantir uma prática sadia, sem riscos à vida dos praticantes.

   Em síntese, o espadeiro de calça jeans, camisa de algodão, jaqueta jeans, bota de couro, capacete de moto e luvas de couro dificilmente se queimará. É válido salientar que nenhum dos fogos de artifício combina com ingestão de álcool. Esse é outro fator limitante. Então podemos concluir que as espadas podem se tornar perigosas de acordo aos cuidados que deixamos de ter quando expostos a elas.

   Para acessar os vídeos da Catrupia em 2007, pesquise no You Tube por "Arrastão Catrupia 2007", ou clique no link abaixo:

http://www.youtube.com/results?search_query=arrast%C3%A3o+catrupia+2007&aq=f